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Vamos Libertar a OAB do Ostracismo

Os problemas enfrentados pelos advogados de MT têm nome: “falta de gestão adequada da OAB"




Estamos vivendo um momento histórico em nossa política classista da Ordem dos Advogados do Brasil – Mato Grosso. Há quinze anos exerço a advocacia em nosso Estado e, não querendo ser piegas, mas sim reflexiva sobre a situação profissional, identifiquei nesses anos que o advogado desde a sua certificação enfrenta obstáculos sérios para se manter no mercado de trabalho, alguns por fatores pessoais, outros pela falta de representação da OAB. Nossos jovens advogados e advogadas, além de enfrentarem a inexperiência natural, atrelada a insegurança do início de carreira, enfrentam a dificuldade em conquistar a confiança do cliente e negociarem seus honorários, pois apesar da tabela de honorários da OAB-MT, não há uma fiscalização efetiva quanto a sua aplicabilidade, sendo criado uma concorrência agressiva e muitas vezes deslear entre os colegas de profissão. Os problemas enfrentados pelos advogados e advogadas do Estado de Mato Grosso têm nome: “falta de gestão adequada da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso”. A dificuldade em administrar seu escritório, já que não somos administradores de empresa, mas sim advogados, também é ponto preocupante e descobrimos isso bem no início da nossa carreira, quando chega a primeira fatura de energia e telefone e a sua conta bancária ainda não recebeu seus honorários, porque o Alvará ainda não foi liberado. Existem ainda as dificuldades desses jovens no mercado, quando são contratados por um escritório maior, pois são submetidos ao recebimento de salários ínfimos sem qualquer respeito aos seus direitos trabalhistas, pois certamente, apesar de necessitarem de mão de obra intelectual, também são vítimas do sistema atual e não estão conseguindo cumprir com sua missão. Eles ainda enfrentam a dificuldade no seu dia-a-dia, quando são mal atendidos nas secretarias das Varas de nosso Estado, quando são conduzidos pelas assessorias a não falarem diretamente com o Magistrado sobre seus processos, quando não são recebidos com dignidade pelos Desembargadores, quando sofrem represálias pelos Servidores Públicos em virtude de uma reclamação proferida quanto ao serviço mal prestado, sem contar o atraso na prestação jurisdicional que submetem os advogados às explicações constantes, do inexplicável, perdendo sua credibilidade perante seus clientes. E especialmente se tratando de mulher, além de todas as dificuldades acima apresentas, incluem-se ainda a submissão imposta pela sociedade, que apesar da evolução, sem generalizar, ainda possui um conceito machista - repito, sem generalizar - levando as colegas advogadas a aceitarem honorários reduzidos para sua sobrevivência. Acrescente ainda a insegurança da maternidade, que não garante que a profissional autônoma possa sequer ter seu período de resguardo garantido, pois precisa trabalhar e apenas a devolução da anuidade no ano do nascimento, sinceramente não garante o pagamento das nossas contas. As mulheres também são submetidas à situações de assédio no exercício da advocacia, onde muitas vezes são obrigadas a “fingir” que nada aconteceu, para que não sofram as consequências. Os problemas enfrentados pelos advogados e advogadas do Estado de Mato Grosso têm nome: “falta de gestão adequada da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso”. A representação de classe forte e atuante é o começo para que a OAB/MT possa realizar as mudanças necessárias, com o intuito de trazer o respeito que tão honrosa instituição merece, respeito este diminuído pelas gestões anteriores”. Qual foi a atuação da OAB/MT, diante de toda sorte de escândalos de corrupção que ocorreram e vêm ocorrendo no Estado de Mato Grosso, nos últimos anos? Se a gestão da OAB foi flagrantemente fraca na representação da Advogada e do Advogado Mato-grossense, menos ainda fez diante dos anseios da sociedade em geral. Como candidata à Presidência da Caixa de Assistência da OAB/MT, integrante da Chapa 04, defendo a necessidade da mudança IMEDIATA da gestão atual. Chamo a atenção para o fato de que a atual gestão,  é representada nestas eleições por três candidatos: Leonardo Campos, Cláudia Aquino e Fábio Capilé. É o “mais do mesmo”. É a chancela da omissão, a perpetuação do continuísmo. Dirijo-me especialmente ao jovem advogado e, mais ainda, à jovem advogada, que sofre diariamente com as consequências de uma gestão fraca e sem representatividade. Digo isto por experiência própria. Por inúmeras vezes, como advogada recém-formada, sofri na alma cada uma das situações apresentadas que poderiam ser evitados se tivéssemos uma OAB comprometida com as nossas prerrogativas. Com o passar dos anos, a OAB/MT perdeu o respeito da sociedade, dos órgãos que compõem a justiça e, principalmente, dos seus representados, que as recentes gestões só se lembram quando da cobrança da anuidade. O Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados é quem cuida da organização financeira da instituição – é quem assina o cheque. Então, asseguro que, na condição de Presidente da Caixa, priorizarei os investimentos necessários para que o respeito e a credibilidade da instituição retornem aos corredores e balcões dos órgãos públicos, e respeito aos advogados e advogadas do Estado de Mato Grosso. O que a OAB/MT precisa é, pois, de uma representatividade forte. Muito precisa ser feito, mas parados não se alcança o objetivo. Vamos acreditar na mudança, na renovação, mudança de cenário. O dia 27 de novembro é a oportunidade para os Advogados e Advogadas de Mato Grosso libertarem a instituição do ostracismo. ANA MARIA MOSER é advogada e candidata à presidência da Caixa de Assistência dos Advogados pela Chapa 04 – Atitude na Ordem.


https://www.midianews.com.br/opiniao/vamos-libertar-a-oab-mt-do-ostracismo/247829

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